quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Transformando estudantes e professores através da iniciação científica no ensino de graduação em marketing e comunicação

Villardi, Beatriz Quiroz; Moreira, Marco Antonio. Transformando estudantes e professores através da iniciação científica no ensino de graduação em marketing e comunicação: um núcleo de pesquisa como alternativa pedagógica auto-sustentável. Rio de Janeiro. IAG PUC/ESPM. s/d. ( Resumo )

Os profissionais que estão se formando para atuar na sociedade da informação devem ser capazes de atuar em situações cada vez mais complexas e independentes, mostrando sinergia entre suas capacidades técnicas e humanas. O mundo tradicional caracterizou-se pela previsibilidade do ambiente de negócios, bom profissional era quem sabia dar as respostas certas; no novo mundo (Sociedade da Informação), caracterizado por incertezas e incapacidade de prever o futuro - o bom profissional é quem sabe fazer as perguntas certas. O profissional deste novo mundo é aquele trabalhador do conhecimento cujo poder é baseado no fato de que ele sabe desaprender-reaprender através de pesquisas da sua realidade específica. As instituições de ensino superior devem fugir do ensino tradicional e dar ênfase à criatividade e inovação, como forma de preparar os estudantes para essa nova realidade profissional.
Observação da realidade do estudante de graduação hoje, tendo as mesmas aulas, com o mesmo tipo de exposição e sendo conduzido da mesma forma e com a mesma expectativa de vários anos passados, o que se traduziu em dispersão e até mesmo desrespeito por parte do grupo discente, o que fora observado pelo grupo docente apesar de ministrarem aulas interessantes e animadas.
Um grupo de professores propôs-se a desenvolver estratégias pedagógicas como forma de relacionar conceitos estudados com a realidade profissional. Ao ser solicitada uma pesquisa por parte da indústria fonográfica e poder público estadual ao ensino superior de marketing e comunicação, com o intuito de elaboração de estratégias mais eficazes em curto prazo contra o fenômeno da pirataria de CD; a primeira idéia dos professores foi de usar os estudantes do curso somente para testar um questionário, mas a surpresa dos docentes foi grande ao perceberem que os discentes estavam totalmente engajados no trabalho apesar deste ocorrer fora do horário de aulas.
Após a coleta dos dados, tabulação e digitação onde também participaram estudantes da disciplina de Excel, finalmente chegou-se a conclusão que diferente do que pensava a indústria fonográfica, o público maior consumidor do CD pirata era da classe média e foi a forma por ele encontrada de personalização das músicas que lhe agradavam, esse consumidor recusava-se a pagar por músicas que não queria ouvir.
O evento e seus resultados ganharam a mídia de forma espontânea, os estudantes foram convidados para a preleção de seus professores. Esta exposição inesperada motivou ainda mais o grupo discente, que passou a se cadastrar como voluntários no núcleo de pesquisa.
Atualmente os estudantes participantes e os novos voluntários mantêm-se informados sobre futuras pesquisas do núcleo, e os professores colaboradores utilizam dados coletados em aulas de matemática e estatística.
Conclui-se que a prática de iniciação científica de graduação a partir do primeiro período atinge objetivos pedagógicos esperados. A instituição de ensino superior implantou mais uma modalidade de programa de iniciação científica(PIC), oferecido a todos os alunos e que pode lhes acumular até 250 horas de experiência em pesquisa científica. Além dos estudantes haverem percebido que a pesquisa científica não objetiva ratificar praticas empresariais existentes, mas apontar aos gestores questões ainda não levantadas.
Percebe-se, contudo ainda na instituição que, mesmo após experiências enriquecedores como essa, sua prática educacional distancia-se de novos pressupostos e paradigmas na transmissão do conhecimento.
O trabalhador do conhecimento precisa saber trabalhar novas tecnologias, precisa ter sinergia, precisa formular as perguntas certas, dentro dos contextos novos e específicos de negócios, delegando tarefas de rotina, para empreender seu tempo e esforços em atividades que agregam valor as organizações.As mudanças que devem acontecer na formação destes profissionais envolvem: os dirigentes das instituições de ensino, o corpo docente, o corpo discente, bem como os atuais sistemas de ensino e de avaliação, sob pena de atendimento deficitário e ineficaz frente aos novos desafios de ensino e prática de gestão.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

A importâcia da informação na Sociedade da Informação!

Transformar dados em informação, sem dúvida, essa é a grande questão da sociedade da informação. Hoje a necessidade de informação de qualidade e relevante para as empresas, é fundamental para a condução dos negócios e definirá se ela continuará a existir daqui a vinte anos. A necessidade por informação deu estímulo a novas tecnologias, e isso é perceptível a partir da cozinha de nossas casas, são aparelhos, ferramentas e produtos tecnológicos que deixaria nossos avós de “queixo caído”. Algumas empresas apreenderão essa cultura e usaram a seu favor desenvolvendo um ambiente de marketing totalmente voltado para o relacionamento com seus clientes, por entenderem que estes estão mais seletivos em suas escolhas, não apenas por terem aumentado sua renda nos últimos anos, mas ainda por estarem mudando suas preferências. O mecanismo que estas usam para munir os seus Sistemas de Informação de Marketing – SIM, com informações relevantes sobre os seus clientes e suas preferências é a pesquisa de marketing. Se, na sociedade industrial o foco das empresas era o produto; na sociedade da informação, deve ser o cliente, ou melhor, o relacionamento com o cliente, afinal de contas perceberam alguns que é mais vantajoso para as empresas manter clientes a conquistar novos. É lamentável que algumas empresas não saibam o que fazer em seu ambiente de marketing, por terem sistemas que trocam dados de forma desconexas gerando acúmulo de dados e não informação; mais lamentável ainda é o fato de muitas empresas não terem sequer um departamento de marketing, por acreditarem não ter dinheiro para investir em “propaganda”.
O cliente e o consumidor mudaram e as empresas devem assimilar rapidamente a mudança, traduzindo toda a competição que a globalização trouxe na busca da fidelidade; para alcançar isso as empresas devem analisar clientes e mercados através de pesquisas de marketing, definindo sua atuação frente aos concorrentes ou quem sabe desbravando novos oceanos, traçando o perfil dos seus clientes e consumidores e procurando relacionar-se num nível pessoal com os mesmos. Enfim, transformando dados em informação, atualmente o único caminho para que organizações maximizem seus resultados.