terça-feira, 11 de maio de 2010

Demanda por Microcrédito no Brasil

Avaliação feita com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), e divulgada em 11 de janeiro de 2010 por Paul Singer, Secretário Nacional de Economia Solidária, estima que a demanda por microcrédito no Brasil envolva entre 10(dez) e 12(doze) milhões de empreendimentos. Singer lamentou a situação e afirmou que é decorrente do desconhecimento de boa parte da população e das instituições financeiras sobre o quanto um empréstimo de R$ 100,00(Cem Reais) pode significar em termos de mudança de situação econômica de milhões de empreendimentos familiares.
Percebe-se dois fenômenos em evidência no mercado financeiro para baixa renda: 1º crescimento de operações de microcrédito no mundo; e 2º crescimento de correspondentes bancários no Brasil; no primeiro fenômeno podemos destacar que em 1997 estimava-se que o número de clientes de microcrédito no mundo era de 7,6 milhões de pessoas, em 2006 esse número havia saltado para mais de 110 milhões de pessoas; no Brasil as estimativas com base nos dados do IBGE indicam que o potencial de clientes que podem acessar microcrédito é de mais de 10 milhões de pessoas, no entanto, o percentual de clientes que são realmente atendidos é de apenas 2% do potencial de mercado; só para exemplificar a baixíssima penetração se comparado a outros países da América latina como por exemplo, Chile, Peru e Paraguai atingem 25%, 28% e 35% de penetração de mercado respectivamente; se compararmos com países da América central como El Salvador e Nicaraguá, a distância é ainda maior, esses países atingem 70% de penetração no mercado de microcrédito.
No Brasil o potencial de mercado para o microcrédito é enorme, porém parece difícil de ser alcançado, mas deve-se levar em consideração que o fornecimento de cartões de crédito para as classes C e D, cresceram 46% nos últimos três anos, enquanto que nos países citados com penetração de mercado maior esse número é inexpressivo, ou seja, o microcrédito no Brasil é pouco usado para compra de produtos para o lar como geladeira, fogão, televisores e etc. e nos mercados citados mais de 70% dos produtos adquiridos para o lar são fruto de algum microcrédito concedido por IMFs.

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